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Inovação na Campanha Política

O papel da Internet nas últimas campanhas eleitorais vem crescendo gradualmente. Em 2013, como resultado das eleições municipais de 2012, o número de novos vereadores que chegaram as câmaras municipais usando estratégias majoritariamente digitais, ainda era pequeno, mas já mostrava potencial de aceitação da população nessa nova estratégia nas campanhas políticas.


Ainda de forma experimental em 2012, dentro do universo da Internet, as redes sociais foram escolhidas como a principal plataforma de relacionamento do candidato com a população, ferramenta já amplamente utilizada com quase 70% do tempo gasto no uso da Internet.


Nas eleições de 2018 para Presidência do País e demais cargos no legislativo, as redes sociais ganharam mais atenção de um numero maior de candidatos, inclusive do Presidente eleito. Os analistas políticos possuem diferentes análises sobre o impacto real do uso das redes nos resultados, mas todos concordam que as redes sociais são bastante usadas pelo cidadão para falar de política, acompanhar seus candidatos, emitir opiniões e participar de grupos de discussão.


Construir uma estratégia para campanhas políticas em 2020 considerando as redes sociais como ponto central não é mais uma opção, é obrigação. Mas se todos os candidatos deveriam estar pensando nisso, considerando o cenário de restrições ao contato social imposto pela pandemia do COVID-19, como então um candidato pode se diferenciar e transmitir as bandeiras e propostas aos eleitores?


Vídeos bem produzidos, posts bem trabalhados, impulsionamento, etc. Essa campanha vai demandar muito mais que isso, exige estratégias audaciosas de engajamento com as pessoas. Na média, o brasileiro usuário da internet passa mais de 5 horas do dia conectado, e a grande parte nas redes sociais.


Por outro lado, o percentual da população como acesso a Internet de qualidade não passa de 25% na média, mas esse dado pode ser usado de forma equivocada. Para acessar aplicativos de mensagens, como WhatsApp por exemplo, presente em 95% dos celulares ativos no Brasil, as operadoras de telefonia móvel já oferecem acesso ilimitado a essa ferramenta, mesmo nos planos mais baratos do mercado, a partir de R$ 20,00 mensais ou pré-pagos.


Mas o aplicativo whatsapp não é uma app de mensagem apenas, é uma rede social, e aberta, aliás cada vez mais aberta. Qualquer pessoa pode participar praticamente de qualquer grupo que quiser. E é aí que o engajamento acontece, nos grupos.


Então a pergunta é: Como um candidato vai inovar nas estratégias para engajar os eleitores nas redes sociais, ao mesmo tempo que precisa transmitir suas bandeiras e propostas?

Acredito que o processo de inovação se aplica muito bem: testar, medir e melhora, com a agilidade das Startups.


Rodrigo Garzi

Coordenador do Polo Digital de Mogi das Cruzes.

Formado em Publicidade e Propaganda, com

Pós-Graduação em Gestão de Negócios pela ESPM.

Atuou por 13 anos nos departamentos de Marketing e Produtos dos bancos BCN e Bradesco.

Co-fundador do Alto Tiete Valley,

associação civil sem fins lucrativos.


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