Rodrigo Garzi
garzi.rodrigo@gmail.com
Coordenador do Polo Digital de Mogi das Cruzes.
Formado em Publicidade e Propaganda, com
Pós-Graduação em Gestão de Negócios pela ESPM.
Atuou por 13 anos nos departamentos de Marketing e Produtos dos bancos BCN e Bradesco.
Co-fundador do Alto Tiete Valley,
associação civil sem fins lucrativos.
O PAPEL DA INOVAÇÃO NA RETOMADA ECONOMICA
A palavra inovação e sua prima tecnologia são carregadas de um pré-conceito que afasta empresários dos principais setores da economia, de um melhor entendimento de como se relacionar com ambas no dia a dia dos seus negócios.
Esse pré-conceito ficou exposto como uma grande fratura em tempos de COVID-19, e pra piorar, o tratamento dessa fratura é muito caro. E sabe qual é a moeda para pagar esse preço? TEMPO. E tempo não é dinheiro.
Inovação leva tempo, tentativas e consequentemente o erro. Quem optou em tocar o negócio sem abraçar a inovação, considerando que o fluxo de caixa ainda não estava saudável o suficiente, ou que talvez ainda não era a hora de mais um investimento, está em situação muito complicada no momento.
Como a inovação é um processo que mexe com a cultura da empresa, das pessoas e da rede de parceiros, e não um produto que pode ser comprado, ou um evento que pode ser realizado e muito menos uma grande ideia que pode ser gerada ou copiada, o fluxo de caixa ou o poder de investimento de uma empresa nessa hora não podem fazer a diferença em curto prazo.
Existem diferentes perfis de empresas em relação a inovação. Os principais que uso como referência são:
• Possui uma área dedicada a inovação
• A inovação faz parte do dia a dia de todas as áreas
• O conhecimento sobre inovação ainda está restrito ao time gerencial
• Está em busca do melhor formato para lidar com a inovação
Veja que o desejável é que a inovação faça parte do dia a dia de todas as áreas. Podemos imaginar que o caminho natural seja o time gerencial primeiramente ter acesso aos caminhos e técnicas e que, aos poucos, com muita sensibilidade, comece envolver os colaboradores na construção de uma cultura verdadeira de inovação.
Evidente que cada empresa precisa encontrar seu modo de inovar, mas deixo um alerta aqui para aquelas que optam por criarem áreas de inovação. Nas empresas onde vejo esse formato em uso, percebo uma grande dificuldade em construir avanços.
Acredito que em tempo de crise COVID-19 todos precisamos olhar para a inovação de outra forma. Inovação não é uma grande ideia, não é um super produto de tecnologia. Inovação é procurar fazer melhor testando, errando e sendo ágil para corrigir.
E a boa noticia é que a hora é agora. Afinal, que outra opção um empresário tem hoje se não tentar outros canais de venda, uma nova forma de relacionamento com cliente, um novo processo de contratação de fornecedores, um novo olhar sobre a produtividade dos funcionários.
Isso tudo é inovação, mas lembre-se, leva tempo. Por isso comece agora.
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